Vou falar de um tema que vem se tornando um modismo em algumas igrejas neo-pentecostais, a Teologia da prosperidade.
Também conhecida como confissão positiva, palavra de fé e evangelho da saúde e da prosperidade, é um movimento religioso surgido nas primeiras décadas do Século XX nos EUA, Sua doutrina afirma, apartir da interpretação de alguns textos (isolados) bíblicos como Genesis 17:7, Marcos 11:23 e Lucas 11:9-10, que os que são verdadeiramente fiéis a Deus devem desfrutar de uma excelente situação na área financeira, na saúde, etc.
O pioneiro neste movimento foi o norte americano Essek. M Kenyon, enquanto o maior divulgador foi Kenneth Hagin, que influenciou a muitos pregadores nos EUA que ganharam reconhecimento mundial, como Kenneth Copeland, Benny Hinn, David (Paul) Yonggi Cho, entre outros. A Partir dos anos 70 e
Vejam este vídeo, no qual Edir Macedo fala a respeito de tal teologia:
Macedo ensina como proceder:
Link deste vídeo no youtube:
Segue um texto que foi extraído do livro Vida em Abundância, com o mesmo teor quanto aos ensinamentos acerca desta teologia:
Comece hoje, agora mesmo, a cobrar d'Ele tudo aquilo que Ele tem prometido (...) O ditado popular de que 'promessa é divida' se aplica também para Deus. Tudo aquilo que Ele promete na sua palavra é uma dívida que tem para com você (...) Dar dízimos é candidatar-se a receber bênçãos sem medida, de acordo com o que diz a Bíblia (...) Quando pagamos o dízimo a Deus, Ele fica na obrigação (porque prometeu) de cumprir a Sua Palavra, repreendendo os espíritos devoradores (...) Quem é que tem o direito de provar a Deus, de cobrar d'Ele aquilo que prometeu? O dizimista! (...) Conhecemos muitos homens famosos que provaram a Deus no respeito ao dízimo e se transformaram em grandes milionários, como o sr. Colgate, o sr. Ford e o sr. Caterpilar. (MACEDO, Vida com Abundância, p. 36)
Continua:
Ele (Jesus) desfez as barreiras que havia entre você e Deus e agora diz ¾ volte para casa, para o jardim da Abundância para o qual você foi criado e viva a Vida Abundante que Deus amorosamente deseja para você (...). Deus deseja ser nosso sócio (...). As bases da nossa sociedade com Deus são as seguintes: o que nos pertence (nossa vida, nossa força, nosso dinheiro) passa a pertencer a Deus; e o que é d'Ele (as bênçãos, a paz, a felicidade, a alegria, e tudo de bom) passa a nos pertencer. (MACEDO, Vida com Abundância, pp. 25,85-86)
Neste vídeo, um outro ‘pastor’ que também defende a teologia, Silas Malafaia
O que a teologia da prosperidade faz é oferecer para as pessoas o que elas querem como pessoas naturais.
Não é necessário nascer novamente para querer ser rico, portanto, você não precisa ser convertido para ser salvo segundo a teologia da prosperidade.
3 Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Quando se apela para as pessoas com base no que elas já estão desejando, não faz sentido o que está escrito em :
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”
Portanto se oferecem para uma pessoa o que ela não considera loucura no homem natural, não estão pregando o evangelho de Cristo.
O evangelho da prosperidade oferece às pessoas aquilo que elas naturalmente buscam, que é a satisfação da carne.
Vejamos alguns versículos que nos previnem destas coisas:
19 ¶ Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
20 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
3 Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade,
4 É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas,
5 Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais.
6 ¶ Mas é grande ganho a piedade com contentamento.
7 Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.
8 Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
9 Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
10 Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
11 Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.
1 ¶ E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
2 E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
3 ¶ E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.
58 E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
Considerações finais
Ao meu ver a teologia da prosperidade se contrapõem com As Escrituras Sagradas, afinal os pastores que ensinam tal teologia propõem que os fiéis façam uma barganha com Deus.
Na busca pela Benção, o fiel paga seu ‘dízimo’ ou faz uma ‘oferta’ e deve determinar que Deus cumpra com a parte d'Ele. São princípios que afirmam que o cristão verdadeiro tem o direito à felicidade plena, e a sua realização.
Não penso que o ser humano deva necessariamente sofrer para ser um cristão genuíno, mas Jesus Cristo mesmo nos preveniu que teríamos aflições aqui no mundo, mas que deveríamos manter o bom ânimo e se espelhar n'Ele, pois vencera o mundo (João 16:33)
Portanto, não devemos estar preocupados com as coisas deste mundo, antes busquemos o reino de Deus e todas as outras coisas nos serão acrescentadas (Mateus 6:33 e Lucas 12:31), não devemos também nos preocuparmos com nossa vida material, a ponto de colocarmos em primeiro plano todas as necessidades da carne e deixarmos Deus em segundo plano, em Mateus 06:25 Jesus nos recomenda:
“Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?”
Entre os pastores que pregam este evangelho adulterado e Cristo...sem dúvidas fico com nosso único e suficiente Salvador, Jesus Cristo!